Uma estrada é a melhor
metáfora para a vida. Tal associação semântica precede a existência do primeiro
poeta que a empregou na Antiguidade.
Da parte que me cabe, já aludi mais de uma
vez a ela, sem me importar em ser pouco original. Algum aspecto da vida (e da
estada), de repente, adquire a significação de algo que escapou à vista até
então.
Ao deixar a cidade nessa manhã, senti o prazer quase indescritível de
estreitar a relação estrada–vida, tornando-a mais real que metafórica.
Por um
momento, desejei isto mesmo: dirigir por uma estrada sem destino, despreocupado
com o vem pela frente ou com o que fica para trás.
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