domingo, 9 de abril de 2017

REFLEXÃO NUM DOMINGO DE CHUVA

O gênero homo é agressivo. Essa característica foi fixada em seu DNA ao longo dos primeiros milhões de anos de evolução. A última espécie, o homo sapiens, constitui a prova da beligerância de natureza genética. 
Não foi só a capacidade de se organizar de forma flexível em grandes grupos sociais, de acordo com Harari (2015), que o levou a dominar o planeta. Todas as guerras testemunhadas nos últimos cem anos, registradas pela história escrita ou pela memória oral, são a sequência natural de um comportamento que se pode inferir preexistente desde o paleolítico. 
Huxley (1937) chegou a escrever que “Todos os caminhos em busca de uma sociedade melhor são bloqueados, mais cedo ou mais tarde, pela guerra, ameaças de guerra, preparativos para a guerra”. 
O fenômeno da guerra, quase que exclusivamente humano, por sua vez, consiste na extensão da violência de que é propenso o indivíduo. Sua manifestação em grau máximo está no assassinato. 
A decisão de fazer guerra ou de matar outra pessoa nasce de uma pulsão, de uma vontade. A demora com que é tomada tal decisão não depende da razão, como já ocorre na intempestividade. (Razão como um processo inteligente, diga-se de passagem.) 
Os feitos recentes de Bashar al-Assad e Donald Trump, respectivamente, ditador sírio e presidente dos Estados Unidos, comprovam o acima exposto.   

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