quarta-feira, 5 de abril de 2017

ENSINO DE FILOSOFIA

ERRO SISTEMÁTICO NA APRESENTAÇÃO DA FILOSOFIA A ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO


A história da Filosofia é maçante demais para ser escrutinada por uma geração de indivíduos pertencente à modernidade líquida. A Filosofia não se resume ao registro de sua história (de 25 séculos), mas abrange Teoria do Conhecimento (ou Epistemologia), Ética, Lógica, Filosofia Política, Estética... Essas áreas, via de regra, amalgamam-se com os fatos filosóficos. Ainda que se priorize a história, o vetor estabelecido pela cronologia não necessariamente deva ser unidirecional, apenas do filósofo mais antigo para o mais moderno. Aulas intermináveis são dedicadas ao estudo dos gregos clássicos, por exemplo, e citações rápidas aos pensadores contemporâneos (uma vez que o tempo escasso em final de trimestre, semestre ou ano letivo assim o exige). A história da Matemática, da Física, da Biologia, entre outros campos do saber, não é prioridade para os alunos, senão o estágio atual em que se encontram os conhecimentos matemáticos, físicos, biológicos etc. A Filosofia deve ser ensinada como a própria atividade de pensar – não engessada pelo tempo. Seu principal objetivo, segundo Wittgenstein, “é a clarificação lógica do pensamento”. Desafio maior é fazer pensar a geração de indivíduos pertencentes à modernidade líquida. 

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