Algumas pessoas se
surpreendem com o meu discurso e minhas atitudes voltados para o bem, malgrado
o ateísmo que professo radicalmente. Esse estranhamento ainda remonta ao
preconceito alimentado dogmaticamente pelo catolicismo ao longo da Idade Média
e adentrando-se na modernidade, com processos inquisitoriais, que levaram
milhares de gente inocente à fogueira. A descrença em deus era associada ao
mal, ao diabo, que inspiraria aos homens o “supremo insulto” (MINOIS, 2014). Sabe-se
hoje, a maldade se esconde, não raro, no coração daqueles que creem num deus
bondoso extremamente. Persiste a dificuldade de meus semelhantes religiosos
entenderem este aspecto (paradoxal na aparência) de minha personalidade: ser
ateu e adepto de uma ética da outridade, que valoriza o bem-querer.
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