Os galos cantam a
qualquer hora da madrugada. Para não ligar as luzes da casa, vou ao banheiro
com uma lanterna (que deixo em pé ao lado da cama). Por volta das seis horas, o
pai se levanta, liga o rádio, ascende o fogo e toma chimarrão até clarear o
dia. Logo também me levanto, porque já dormi o suficiente. No campo, deita-se
cansado e se acorda maravilhosamente bem. Na cidade, vai-se para a cama
maravilhosamente bem e se levanta cansado. Depois dos galos e do pai, os pássaros
trazem a manhã com o som de seu canto diverso e encantador. Um vento frio sopra da serra, de onde
residiam Colpo e Fiorenza (meus ascendentes maternos). O céu ainda traz a
profundidade azul de outubro, com nuvens em forma de tufo a cruzá-lo levadas
pelo vento. Há paz para meus ouvidos, para meus olhos, para minha mente e
coração.
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