sexta-feira, 28 de outubro de 2016

CRÔNICA DO RINCÃO DOS MACHADO

Os galos cantam a qualquer hora da madrugada. Para não ligar as luzes da casa, vou ao banheiro com uma lanterna (que deixo em pé ao lado da cama). Por volta das seis horas, o pai se levanta, liga o rádio, ascende o fogo e toma chimarrão até clarear o dia. Logo também me levanto, porque já dormi o suficiente. No campo, deita-se cansado e se acorda maravilhosamente bem. Na cidade, vai-se para a cama maravilhosamente bem e se levanta cansado. Depois dos galos e do pai, os pássaros trazem a manhã com o som de seu canto diverso e encantador.  Um vento frio sopra da serra, de onde residiam Colpo e Fiorenza (meus ascendentes maternos). O céu ainda traz a profundidade azul de outubro, com nuvens em forma de tufo a cruzá-lo levadas pelo vento. Há paz para meus ouvidos, para meus olhos, para minha mente e coração. 

Nenhum comentário: