domingo, 10 de julho de 2016

SPOTLIGHT


ONTEM assisti ao longa Spotlight - Segredos Revelados, vencedor do Oscar 2016 de melhor filme e melhor roteiro adaptado.
"Spotlight conta a história verdadeira e impressionante da investigação do Boston Globe, premiada com o Pulitzer, que abalou a cidade e provocou uma crise das instituições mais antigas e inspiradoras de confiança do mundo. Quando a obstinada equipe de repórteres 'Spotlight' investiga profundamente as denúncias de abuso na Igreja Católica, o trabalho de um ano revela décadas de acobertamento nos escalões mais altos das instituições religiosas, legais e governamentais de Boston, iniciando uma onda de revelações pelo mundo todo."
Eis a sinopse do filme.
Achei interessante o momento em que a equipe de jornalistas lança mão de cartas dirigidas ao cardeal católico, informando-o sobre casos de abuso infantil por padres de Boston. O repórter interpretado por Mark Ruffalo, empolgadíssimo, sugere que a matéria seja publicada imediatamente. Seus superiores, todavia, querem mais provas para incriminar a instituição (Igreja Católica) e não apenas sua figura local mais proeminente.
Na mesma direção, em 2011, Geoffrey Robertson publicou o livro O papa é culpado?, acerca do qual já fiz postagem neste blog.
Apenas em Bosto, segundo o filme, foram 87 padres transferidos pela igreja, como uma das formas de proteger o crime.
Quem era o papa na época? João Paulo II, que os católicos do mundo todo querem transformar em santo.
A Igreja Católica continua a mesma instituição da Inquisição, a mesma instituição conivente com a escravidão, a mesma instituição protetora de padres pedófilos, a a mesma instituição contrário ao anticonceptivos e ao aborto... A diferença é que à frente dela se põe um arauto, um papa liberal, que diz ser perfeitamente aceitável a evolução e Big Bang, fatos científicos que não negariam o criacionismo. Ele chegou a pedir perdão pela homofobia contida na Bíblia e na sua religião historicamente intolerante.
Não tenho dúvida de que o papa Francisco, com toda sua simpatia, não passa de uma fachada que esconde o verdadeiro Vaticano.
Por derradeiro, recomento o filme acima, entre 4 e 5 estrelas. 

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