domingo, 10 de abril de 2016

FILÓSOFO ROMÂNTICO

A choupana para abrigar a família, segundo J. J. Rousseau, constituiu-se na primeira propriedade privada, a qual caracterizou o período mais feliz da humanidade.
O romantismo do filósofo - que atribuiu um sentimento de piedade ao homem em estado de natureza - não quis imaginar ser as armas os primeiros bens. Thomas Hobbes se equivocara com a ideia da guerra entre os indivíduos.
Uma coisa que os realistas pensam causar a evolução social do homo sapiens, o trabalho coletivo, representa para Rousseau o começo da miséria humana. 
Isso parece coincidir com o surgimento das comunidades agrícolas.
No momento em que "um homem sentiu necessidade de ajuda de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com as provisões para dois", a piedade instintual foi suplantada por sentimentos  que resultaram em dominação e peleia.
Eis uma aporia reousseaniana.
A convivência com o grupo, o trabalho obrigatório e a ampliação da propriedade privada acabou com a harmonia primitiva, dando razão ao pensamente de Hobbes: o homem é o lobo do homem. 
O trabalho escravo, em que um indivíduo é explorado pela vontade de outro, forçou  a criação de uma sociedade organizada por leis - a gênese do Estado. Não apenas a propriedade necessitava de proteção por intermédio de um código de conduta, mas a liberdade individual.
Nem todos conseguiram manter a subsistência de sua propriedade, em razão da menor capacidade individual e/ou das circunstâncias desfavoráveis para gerenciá-la. 
Assim teve princípio a desigualdade entre os homens (até hoje não resolvida, mas elevada á quinta potência). 
O direito instituído vem como solução para a perda do direito natural. 
O homem, de acordo com Rousseau, não mais reencontrará a felicidade, representada por uma simples choupana.

(O texto acima é um esboço de meus estudos para uma prova de filosofia, que deverei realizar no dia 16 de abril.)

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