terça-feira, 26 de abril de 2016

ÉTICA E REPRESENTATIVIDADE

Não há dúvida, a nação brasileira atravessa uma crise ética (por trás da crise política e da financeira). 
Os deputados federais, votando contra ou a favor do impeachment, repercutiram enviesadamente o discurso da sociedade não atendida em sua pretensão republicana. 
Os cidadãos civis clamam por uma maior representatividade, intransigentes com o politicar em causa própria, com a corrupção. Suas vozes alcançam mais amplitude, contra um (im)possível retrocesso da liberdade individual. 
Toda alusão ao ditatorial é tida como uma agressão inconcebível ao estado democrático de direito – uma conquista da modernidade ocidental (a partir da Revolução Francesa). 
Nesse sentido, o voto de Jair Bolsonaro foi desastroso em suas menções últimas. Caso o concluísse na má educação propiciada às crianças pelo governo, tê-lo-ia formulado de uma forma irrepreensível. Contra a corrupção da personalidade inocente. 
Ao ir adiante, o deputado pediu para levar uma cusparada em plenário e a pecha de despótico. 
Agora se defenderá contra o pedido de sua cassação feito pela OAB-RJ. 
Outros representantes do povo também foram desastrados ao proferir seu voto (contra ou a favor do impeachment). Maria do Rosário, por exemplo, ao aludir à “ditadura”, provocou a reação de Bolsonaro (seu desafeto reconhecido). 
Os mesmos deputados que discursam contra a corrupção, o que pressupõe um boa representação dos cidadãos que votaram neles, também são vulneráveis à propina e vendem seu apoio. 
Resta saber se os cidadãos, que elegem seus representantes, são eticamente corretos em todas as situações do dia a dia. 

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