No
espaço-tempo criado pelo (in)consciente coletivo dos brasileiros, o
ex-presidente Lula da Silva ocupa duas posições diametral e inevitavelmente
conflitivas.
Não há possibilidade para a indiferença, ou ele é execrado, ou é
cultuado como o grande líder.
Os militantes petistas, que o amam, sabem
por que ele é execrado pelos demais. Por outro lado, poucos dos demais, que o execram, sabem por que ele é amado.
Por esse aspecto é que a crise ética
(propalada pelos arautos da desgraça) também atinge a sociedade (não apenas a
instituição do Estado).
C.G.Jung diria que Lula representa um arquétipo, uma
ideia primordial ainda compartilhada por aqueles que impunham uma bandeira
vermelha nestes dias.
Sabedor disso, o marqueteiro responsável pela criação
teratológica do lulismo apresentou o homem outra vez numa calça jeans, camisa simples, despenteado,
suado, com o mesmo discurso falacioso e agressivo dos anos oitenta.
No lugar da
falácia, a mentira sem-vergonha, debochada, arrogante.
Qual é a ideia
arquetípica personalizada pela figura do Lula? A do operário que chega ao poder
(meme marxista que ainda contagia a mente dos que sabem (os intelectuais) e dos
que não sabem (os próprios operários).
Todos eles são atraídos pelo líder,
independentemente de seu comportamento após constituir o governo, como o de
enriquecer de uma forma ilícita.
Dependentemente desse mesmo comportamento,
todavia, ele se torna o alvo da odiosidade da outra parte dos brasileiros.
O
país continua dividido, com o pixuleco
inflado na berlinda, ganhando cada vez mais altura.
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