Um mosquitinho, até
há pouco tempo insignificante, transforma-se no alvo principal de uma luta terrível
entre os dois seres mais violentos que a evolução natural gestou no planeta: o
vírus e o homem.
O primeiro se coloca no topo da automultiplicação, para a qual
desenvolve estratégias surpreendentes dentro de seu exíguo habitat, a célula
viva do indivíduo que o hospeda sem saber.
O segundo, ainda mais
agressivo na ação de levar outras espécies à extinção, imaginou uma segunda
natureza, em que ele é o bonzinho da história. Sua jactância, porém, não passa
de especismo, um grande e incorrigível preconceito.
Bonzinho da história?
Tampouco seus declarados adversários (os vírus) são capazes de estuprar,
torturar e matar os próprios semelhantes. Os homens, sim, unidos agora para
uma batalha que promete ir longe, com resultados imprevisíveis.
A tática humana
é atacar indiretamente seu adversário microscópico, exterminando com o mosquito
rajado, que tem a denominação científica de Aedes
aegypti (odioso do Egito).
Uma das estratégias do vírus é usar esse
mosquito como meio de transporte até o homem, essa montanha de células bem
vitaminadas.
O aedes, por sua vez,
também se vira pela própria sobrevivência, como se reproduzir em água limpa, ser silencioso,
picar durante o dia etc. Só é odioso na medida em que transporta o vírus da
dengue, da zika, e da chicungunya.
Até o homem conseguir acabar com ele, os
verdadeiros inimigos já terão um “plano-b” naturalmente.
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