domingo, 14 de fevereiro de 2016

HOMEM CONTRA VÍRUS

Um mosquitinho, até há pouco tempo insignificante, transforma-se no alvo principal de uma luta terrível entre os dois seres mais violentos que a evolução natural gestou no planeta: o vírus e o homem. 
O primeiro se coloca no topo da automultiplicação, para a qual desenvolve estratégias surpreendentes dentro de seu exíguo habitat, a célula viva do indivíduo que o hospeda sem saber. 
O segundo, ainda mais agressivo na ação de levar outras espécies à extinção, imaginou uma segunda natureza, em que ele é o bonzinho da história. Sua jactância, porém, não passa de especismo, um grande e incorrigível preconceito. 
Bonzinho da história? 
Tampouco seus declarados adversários (os vírus) são capazes de estuprar, torturar e matar os próprios semelhantes. Os homens, sim, unidos agora para uma batalha que promete ir longe, com resultados imprevisíveis. 
A tática humana é atacar indiretamente seu adversário microscópico, exterminando com o mosquito rajado, que tem a denominação científica de Aedes aegypti (odioso do Egito). 
Uma das estratégias do vírus é usar esse mosquito como meio de transporte até o homem, essa montanha de células bem vitaminadas. 
O aedes, por sua vez, também se vira pela própria sobrevivência, como se reproduzir em água limpa, ser silencioso, picar durante o dia etc. Só é odioso na medida em que transporta o vírus da dengue, da zika, e da chicungunya. 
Até o homem conseguir acabar com ele, os verdadeiros inimigos já terão um “plano-b” naturalmente. 

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