quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

IMPEACHMENT(?)

A princípio, fui contrário à ideia de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pensava que seu governo chegaria tão mal em 2018, que não seria possível lembrar o nome de Lula da Silva como candidato à sucessão. 
O segundo argumento que defendi era de que a presidente não poderia ser, sozinha, responsabilizada por todo o mal causado ao país. Antes e por trás dela, há um mal maior: o Partido dos Trabalhadores. Antes e por trás desse partido, há um mal maior ainda: Lula da Silva.
Caso Aécio Neves houvesse ganho a eleição passada, seguramente, Lula da Silva voltaria com tudo em 2018. Neste momento, a crise econômica não depende deste ou daquele governo, mas a culpa recairia inteiramente sobre o Planalto.
Um amigo discordou de mim, com um terceiro argumento mais convincente: o atual governo de Dilma usaria a própria crise para justificar um aperto de cinto generalizado (o que está ocorrendo de fato), para, no último ano, reabrir os cofres públicos e continuar com a política desmascarada pelos escândalos do "mensalão" e do "petrolão" em prol da candidatura de Lula da Silva.
A partir de então, fiquei na dúvida. Respeitar a democracia, a vontade popular há um ano manifesta? Mas qual a diferença entre respeitá-la e ser permissivo com a corrupção, com a fraude, com o desgoverno?
O impeachment de Dilma causará um trauma quase irrecuperável na política brasileira, mas é necessário para levar ao passo seguinte: a culpabilização de Lula da Silva. 

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