Sócrates,
o “Pai da Filosofia”, era religioso. Platão não faltaria com a verdade no
princípio de A República: “Fui ontem
ao Pireu com Glauco, filho de Aríston, para orar à deusa”.
A
fala de Sócrates denuncia um dos motivos por que o condenaram á morte: a
apresentação de ouros deuses à juventude de Atenas. Essa atitude do filósofo
foi considerada um desrespeito aos deuses oficiais da pátria, Zeus e Cia.
A
deusa, referida acima, tratava-se de Bêndis, levada à Ática pelos trácios. O
povo grego a identificou com Ártemis, como ocorreria dois milênios mais tarde,
no Brasil, com a Nossa Senhora dos Navegantes (catolicismo) e Iemanjá
(candomblé).
A
forma de conhecimento sistematizada por Sócrates e Platão (não necessariamente
nessa ordem), somando-se à ciência fundada por Aristóteles, criariam um
paradigma novo, que continua a excluir os deuses criados por todas as
religiões.
Hoje
sabemos que Zeus e sua trupe olimpiana não passavam de mito, de ficção. Bêndis,
a deusa cultuada por Sócrates também uma criação da fantasia religiosa (que
ainda dizem ser necessária ao homem). Há 25 séculos, todavia, caso um cidadão afirmasse
a não existência desses deuses, sua vida valeria uma taça de cicuta.
Por
que Nossa Senhora dos Navegantes, Iemanjá, santos e orixás continuam sendo cultuados
como reais? Por que Jeová ainda vige? Por que Alá? Eles seriam animados pela fé
de bilhões de pessoas?
No futuro, saberemos que sim.
No futuro, saberemos que sim.
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