Amanhã será
lançada a 2ª edição de Caminhos
Desencontrados, de Carlos Humberto Aquino Frota. (A 1ª edição é de 1950.)
Graças ao projeto político-cultural da administração do município, ao
patrocínio da família Frota Dillenburg e ao trabalho intelectual de algumas
pessoas, mais uma obra de autores homenageados na Rua dos Poetas é (re)editada
(visando trazer a público o ineditismo, caso de Tempo Pássaro, de Ney A., ou de possibilitar o acesso a edições já
esgotadas, caso de Trovas da Estância do
Abandono, de Zeca Blau).
Felizmente, o nome de Carlos Humberto transcende a
própria criação literária, ao denominar um bairro e uma escola de nossa cidade.
Justa homenagem ao gênio que, aos 18 anos escrevia num estilo idiossincrásico,
brilhante, desenvolvido apenas pelos grandes literatos.
À parte seu vasto
conhecimento linguístico, Frotinha transitava discursivamente com igual
desenvoltura pela política, filosofia, literatura e jornalismo. Em razão da
rica intertextualidade de sua prosa, foi necessário anexar uma relação de notas
remissivas, para facilitar a leitura.
O livro é subdividido em Crônicas e Ensaios.
Na primeira parte, destacam-se Cemitério de Chumbo, muito conhecida dos leitores mais experientes,
Borges de Medeiros e Serenidade, onde filosofa: “A verdade
não deve ser barulhenta, como a pororoca, nem estrondosa, como as cachoeiras. A
verdade, se a quiséssemos representar por uma imagem arrancada dos livros de
geografia, ganharia a suavidade dos riachos, falaria com a simplicidade das
águas tranquilas, que não encrespam de irritação nem quando as tempestades
desabam”.
Na segunda parte, há estudos sobre Monteiro Lobato, Arthur Koestler,
Joaquim Nabuco, entre outros.
O livro será distribuído gratuitamente. Amanhã, na Feira do Livro de Santiago, dia 7, às 19h30min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário