quarta-feira, 7 de outubro de 2015

CONHECIMENTO: A VERDADEIRA SALVAÇÃO

Todas as pessoas (pertencentes ao mesmo universo social a que pertenço) creem no que creem, ou creem no que pensam, ou pensam no que creem, porque, com raríssimas exceções, não conhecem a História e não conhecem o campo vasto do saber: a Filosofia (que também faz uma reflexão da História).
Sem esses conhecimentos, nenhuma dessas pessoas consegue pensar no que pensa, um estágio da evolução cognitiva ulterior ao da crença.
A história a que me refiro abrange um tempo muitíssimo superior aos últimos cinco mil anos, conhecidos pelo registro dos fatos mais ou menos ordenados numa sequência cronológica.
Por que não recorrer à Astrofísica, com o conhecimento de que o universo em que vivemos teve um princípio entre 13 a 15 bilhões de anos Antes do Presente (AP)? Da mesma forma, por que não saber que o Sistema Solar formou-se depois de quase dez bilhões de anos do big Bang?
Por que não recorrer à Biologia, com o conhecimento seguro de que a vida iniciou-se no planeta Terra há mais de três bilhões de anos?
Por que não recorrer à Paleontologia, com sua “escrita” inteligível a partir dos fósseis?
Por que não recorrer à Antropologia, com o conhecimento de que a origem do homem ocorreu tão somente meia dúzia de milhões de anos atrás? Da mesma forma, por que não saber que a revolução cognitiva principiou com o homo sapiens, aproximadamente, setenta mil anos AP?
A propósito, o máximo que essa revolução cognitiva alcançou em meus contemporâneos foi de fazer acreditar num mito, para o qual a criação do mundo aconteceu há algumas unidades de milênios.
Essa crença no mito bíblico, todavia, requer estatuto de verdade – uma presunção que, certamente, motivará outras guerras futuras.

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