domingo, 3 de maio de 2015

CONSUMO-LIXO: TRADE-OFF

O lixo é uma componente inevitável da "síndrome consumista" (Bauman, 2009), precedida do excesso e desperdício. Se a pós-modernidade é líquida, o lixo continua a ser sólido.
Como pensar no fim da existência do lixo sem diminuir o consumo, com o qual mantém uma relação de proporcionalidade direta?
Como mudar o hábito acerca do lixo sem mudar o hábito de consumo?
A partir da experiência acerca do lixo produzido em minha casa, posso especular sobre uma possível redução de seu volume, não o seu fim. Posso reduzir o consumo ao estritamente necessário, contra a açambarcadora tendência da sociedade, de consumir sempre mais.
Esse aumento do consumo, segundo Bauman, é caracterizado por uma maior rapidez, por um encurtamento do "caminho da loja à lata do lixo".
A redução do lixo é factível, não o fim (uma impossibilidade). 
O simples respirar, indispensável para a vida, produz dióxido de carbono, cujo acúmulo na atmosfera vem provocando o aquecimento do planeta.
O consumo de água, garrafa pet, papel higiênico, detergente e tudo mais constitui um trade-off, um perde-e-ganha com o qual não há negociação.

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