domingo, 18 de janeiro de 2015

PENSAR, PENSAMOS?

Hoje iniciei a leitura de Filosofia prática, de Marcia Tiburi*. Do tópico "Produção social da ignorância", transcrevo o seguinte:
"Pensar é urgente, mas o pensamento livre, o pensamento reflexivo não é um valor nos dias atuais"; 
"Por que não pensamos?";
"Introjetamos um tipo de humilhação curiosa que parece fazer parte de nossa cultura: consideramos por meio dela que somos incapazes para o pensamento. Por outro lado, o pensamento cuidadoso é interpretado em nossa cultura como falta de sucesso. São dois olhares comuns na direção do pensar em nossa época, o da desconfiança e o do descrédito. Aquele que pensa está fora da regra consentida da embriaguez generalizada à qual somos diariamente convidados pelos poderes instaurados. No contexto que despreza o pensamento, a ignorância é um verdadeiro valor socialmente fomentado. A construção histórica da ignorância é um fato ao qual nos acostumamos produzindo a consciência falsa de que as coisas não podem ser de outro modo".
* Professora, romancista e filósofa gaúcha.

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