terça-feira, 23 de dezembro de 2014

TRÂNSITO: ANOTAÇÕES

No estudo de como o homem se comporta no trânsito, aproveito todas as oportunidades para melhor conhecer o sujeito da ação de dirigir. A princípio, ele se caracteriza por comportamentos que redundam desde a observância moral à transgressão irresponsável, da normalidade à loucura. 
Em Santiago, os motoristas se dividem em diurnos e notívagos. À luz do Sol, alguns deles chegam a ser educados, outros ainda “barbeiros”. Depois da meia-noite, os ases do volante despertam, predispostos ao suicídio. Menos mal que são poucos. 
Ao viajar até Curitiba (semana passada), constatei uma melhora significativa do gaúcho nas rodovias. Raras vezes, anotei ultrapassagens em local não permitido. Outras vezes, velocidade alta. Penso que essa transgressão será a última a ser coibida. O prazer propiciado por ela é pulsional. 
Nenhum dado negativo em Santa Catarina, ao longo da BR153 ou dentro da cidade de Concórdia (onde dirigi à noite, procurando hospedagem). 
Ao entrar no Paraná, percebi que a polícia se faz mais presente (blitz, teste do bafômetro, leitura dos documentos de todos os viajantes). Próximo à capital, o fluxo de veículos se intensifica assustadoramente. A altíssima velocidade só diminui em frente aos controles eletrônicos. Placas de 60 e 80 km/h são inúteis. Ao obedecê-las, ouvi buzina de reclamação (ou de troça). O certo andando errado. 
Em Curitiba, ainda de dia, repete-se o que ocorre à noite em Santiago: mudança brusca de faixa, disputa emulativa e o escambau. Muitos automóveis rodando amassados. Uma carreta tombada e uma moto dentro de um riacho, os dois acidentes dentro do perímetro de Curitiba. 
A BR101 é um excelente laboratório para ampliar meu conhecimento, descendo a Serra do Mar com chuva até Itajaí (onde fui ver um amigo). À exceção de alguns caminhoneiros, corre-se menos perigosamente sobre a pista com sentido exclusivo. (Cont.) 

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