sábado, 7 de junho de 2014

O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS



Hoje iniciei a leitura do romance O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS, do cubano Leonardo Padura. 
O primeiro capítulo é feito de delicadeza e poesia, apesar de tratar da enfermidade e morte de Ana, mulher de Ivan, o narrador. 

A história aborda um fato real: após cumprir pena pelo assassinato de Leon Trotski na Cidade do México, Ramón Mercader refugia-se em Cuba.
(O segundo capítulo retrocede no tempo, para quando Liev Davidovitch (Trotski) encontrava-se desterrado em Alma-Ata, antes de ser expulso do país por Stalin.
Nesses dias, Liev e sua esposa Natália Sedova não se separavam da cadela Maya, uma galgo russo. 
No prefácio, Gilberto Maringoni escreve sobre o "thriller histórico" que contextualiza o planejamento do assassinato de Trotski, envolvendo o alto comando do Estado soviético. Stalin, secretário-geral, havia decretado em 1939: "Trotski deve ser eliminado dentro de um ano, antes que a guerra inevitavelmente seja deflagrada".
O assassinato do grande líder que "agitara as consciências do país em 1905", que tinha feito triunfar o levantamento de Outubro de 1917, que tinha criado um exército no meio do caos e salvado a Revolução, foi consumado no México.
O ódio de Stalin fora alimentado desde a avaliação feita por Trotski na mesma reunião do Comitê Central que o expulsou do Politburo. Trotski acusou Stalin de ser o "coveiro da revolução".
Stalin foi o pior dos ditadores da história humana. O assassinato constituiu-se numa prática da ditadura soviética. Em seguida, manda fuzilar vários dirigentes de 1917, entre eles Zinoviev, Kamenev e Bukharin.
A ditadura soviética não torturava, executava sumariamente.   

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