segunda-feira, 14 de abril de 2014

PROGRAMA DIFÍCIL

Desde o início, coloquei-me do lado dos propagadores do programa "Cidade Educadora" para Santiago. Capitaneados pelo prefeito Ruivo, estes otimistas ainda vemos na educação um processo exequível de transformação social. Alguns de meus concidadãos, todavia, passaram a criticar negativamente o programa, fundamentados em comportamentos viciosos em nossa sociedade. Tais comportamentos, cabe perguntar, constituem a regra ou a exceção. Como um pensador honesto, sou obrigado a reconhecer que alguns pessimistas têm razão de sobra. Não aqueles que desejam sub-repticiamente testemunhar o ocaso político do meu amigo Ruivo. (Ele sempre será lembrado, não obstante manter pessoas nem tanto capazes em seu governo.) Ao conhecer agentes responsáveis pela educação em Santiago, concluo que meu engajamento idealista não passa de um sonho (de uma noite de verão). Quisera ser um idealista, no entanto, a realidade não me permite. Nas escolas deste município, há professores cheios de si ou excessivamente apáticos, pusilânimes. A percentagem desse tipo de (pseudo)educador não se distingue, consideravelmente, da URI ao Tito Becon (no Passo do Rosário). Dentro de um colégio, é inconcebível que professores sejam inimigos entre si, algumas vezes por disputas diretivas, outras vezes por orgulho (complexa ou simplesmente). O comportamento "cheio de si" dita a deseducação, que a apatia ou a ignorância são incapazes de provocar qualquer avanço civilizador. Assim, reconheço com tristeza, que "cidade educadora" é um programa difícil. 

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