terça-feira, 26 de novembro de 2013

UM LONGO CAMINHO


A vida de uma pessoa, do nascimento à morte, já foi comparada a muitas coisas, que elencam uma relação ainda inconclusa (em vista do contínuo exercício dos poetas). Uma das mais populares dessas metáforas relaciona vida e caminho/ caminhada. Em Édipo Rei, de Sófocles, o enigma proposto pela Esfinge alude a uma criatura que, pela manhã, tem quatro pés; ao meio-dia, tem dois; e, à tarde, tem três. Édipo resolveu o quebra-cabeça: “O homem – engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e usa uma bengala quando é ancião”. O poeta espanhol Antonio Machado escreveu: “Al andar se hace el caminho/ y al volver la vista atrás/ se ve la senda que nunca/ se há de volver a pisar”. Via de regra, a caminhada inicia-se com uma subida (mais ou menos difícil), alonga-se sobre um plano horizontal e encerra-se com uma descida (mais ou menos difícil). A primeira fase pode ser associada ao crescimento do indivíduo, exigindo-se um grande consumo de energia. O alto é alcançado com o pleno desenvolvimento físico e o satisfatório conhecimento de mundo. O psicológico continua a evoluir na fase intermediária, segundo um processo que se confunde com a própria racionalidade. Nesse plano, o caminho se caracteriza pelo equilíbrio, pelo domínio de quem vislumbra maiores extensões. Isso propicia belos momentos de contemplação, que excede todo trabalho, toda atividade necessária. O caminhante tem a visão ampliada por horizontes mais extensos, entre os quais alguns sonhos se realizam e outros são esquecidos como impossíveis, sonhados desde os primeiros anos da juventude. No último terço da caminhada, os sinais de cansaço começam a aparecer com frequência, quando a energia é insuficiente para evitar a entropia vital. Tal não é problema para a pessoa responder com mais doçura aos estímulos externos e pactuar sem problema com a solidão. 

TRÊS EXEMPLOS

Os conceitos políticos "direita" e "esquerda" se originaram durante a Revolução Francesa para designar os que se sentavam à direita do presidente do parlamento, defensores do antigo regime, e os que se sentavam à esquerda, favoráveis à revolução.
Com a Guerra Fria, acentuou-se a dicotomia entre "direita" e "esquerda", polarizada pelos Estados Unidos (democráticos) e pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (socialista). 
Com a debacle da URSS (e do socialismo), "direita" e "esquerda" começaram a ruir como conceitos opostos, perfeitamente definíveis.
Dois exemplos históricos e um atual revelam contradições interessantes, que colocam em dúvida a estanquidade desses conceitos.
Para o argumento que defende que a "esquerda" apoia a existência de sindicatos (como caracterizam os esquerdistas norte-americanos), cito o exemplo que se segue: 
1) Lênin, que na Segunda Internacional, foi visto como de extrema esquerda, era contra os sindicatos (que, segundo o líder revolucionário, operavam no sistema capitalista).
Para o argumento que define programa da "esquerda" o controle cerrado do Estado na economia, cito o exemplo abaixo:
2) John Maynard Keynes, para produzir sua obra Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, francamente antiliberal, inspirou-se no New Deal, de Franklin Delano Roosevelt (presidente dos EUA).
Para o argumento que relaciona a "esquerda" com a doutrina da antiprivatização, cito um exemplo atual, conhecidos de todos os brasileiros:
3) Nos anos oitenta, a Partido do Trabalhadores levantava a bandeira esquerdista da antiprivatização. Hoje no governo, o PT privatiza no atacado, inclusive nossos aeroportos. 

(Os exemplos acima foram elaborados por mim, a partir de leituras bibliográficas, do Google à História concisa da Revolução Russa, de Richard Pipes, bem como da experiência pessoal.)

domingo, 24 de novembro de 2013

ATÉ QUE ENFIM...

Olívio considera justa a prisão dos mensaleiros.

Até que enfim alguém do PT, da pura cepa petista, reconhece a verdade, que seus correligionários de todos os escalões do governo insistem em desvirtuá-la. 
OLÍVIO DUTRA afirma o seguinte:
"Funcionou o que deveria funcionar. O STF (Supremo Tribunal Federal) julgou e a Justiça determinou a prisão, cumpra-se a lei". 

Todos os brasileiros (que os retrógrados insistem em classificar como de "direita") somos suspeitos de emitir uma opinião semelhante a de Olívio Dutra. Os motivos são óbvios. Todos os petistas e simpatizantes (que os retrógrados insistem em classificar como de "esquerda") são suspeitos em emitir uma opinião contrário da expressa pelo ex-governador e ex-presidente do PT no Rio Grande do Sul. 

A primeira exceção é Olívio Dutra, acima de qualquer suspeita. 
O presente isolamento político em que ele vive, provocado pela turma que está presa agora demonstra a grandeza de seu caráter, de sua eticidade. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DOIS SONHOS


A leitura de A interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud, exige muita atenção, com paradas obrigatórias aqui e ali, retornos a determinado ponto e continuadas reflexões.
Antes de me debruçar sobre essa obra freudiana, já analisava meus sonhos que ganharam nitidez por força da repetição (não do enredo, mas de sua temática). Dois deles são sintomáticos: 1) estou no alto de uma torre que balança e cai; 2) apanho belas e maduras laranjas (que não consigo chupar seu suco ou comer seus gomos).
O primeiro é estimulado por meu medo de altura, cuja origem remonta aos instantes que precederam meu difícil nascimento. O segundo tem como estímulo a sede, sensação decorrente do consumo de alimentos salgados, como o churrasco por exemplo.
No capítulo III, Freud escreve que o “sonho é a realização de um desejo”:

Quando como anchovas, azeitonas ou algum outro alimento muito salgado no jantar, fico com sede durante a noite e ela me acorda. Esse despertar, no entanto, é precedido por um sonho que sempre tem o mesmo conteúdo, a saber, que estou tomando água”.

Ele denomina de “sonho de comodidade”, porque o sonho produz a sensação de saciamento.
Diferentemente, nunca sacio minha sede e acabo levantando para tomar água. Dessa forma, não posso chamá-lo de “sonho de comodidade”.
Mais adiante, Freud reconhece que o sonho se modificou um pouco, apresentando uma água salgada por exemplo e não saciando sua sede.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

MÉTODOS EQUIVOCADOS

"O mundo leigo se esforçou desde sempre em 'interpretar' o sonho, empregando para tanto dois métodos diferentes em sua essência.
"O primeiro desses procedimentos tem em vista o conteúdo onírico como um todo e procura substituí-lo por um outro conteúdo compreensível e em certo sentido análogo. Essa é a interpretação simbólica dos sonhos; naturalmente, ela fracassa desde o princípio com aqueles sonhos que se mostram não apenas incompreensíveis, mas também confusos. Um exemplo de seu procedimento é dado pela interpretação que o José bíblico deu ao sonho do faraó. 
"O segundo procedimento popular poderíamos chamá-lo de 'método de decifração', visto que trata o sonho como uma espécie de escrita cifrada. Não há dúvida de que foram os sonhos desconexos e confusos que impulsionaram a criação do método de decifração.
"Para a abordagem científica do tema, a inutilidade de ambos os procedimentos populares de interpretação dos sonhos não pode ser posta em dúvida por um momento sequer."
A interpretação dos sonhos, Sigmund Freud.

domingo, 17 de novembro de 2013

A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS


Depois de trinta anos, desde que li Totem e Tabu, de Sigmund Freud, debruço-me sobre A interpretação dos sonhos - obra seminal que deu origem à Psicanálise. O livro com mais de setecentas páginas e inteiramente diferente dessas publicações vulgares (de cunho mistificador), que vicejam sobre os sonhos e suas possíveis interpretações. 
A primeira lição que destaco de A interpretação dos sonhos diz respeito às "causas estimuladoras" dos sonhos. As fontes de estímulos que nos fazem sonhar se classificam em quatro espécies:
1) excitação sensorial externa (objetiva);
2) excitação sensorial interna (subjetiva);
3) estímulo corporal interno (orgânico);
4) fontes de estímulo puramente psíquicas.

sábado, 16 de novembro de 2013

NÃO ENTENDI

Não entendi o punho levantado de José Dirceu e de José Genoíno ao se apresentarem para a prisão. Não só o punho levantado, mas a desculpa de que são presos políticos. Isso é o absurdo transformado em razão discursiva. Falta de razão (porque absurdo). 
O punho levantado como se a prisão representasse um momento de vitória, uma conquista. 
Presos políticos?
Ambos pertencem ao partido que ocupa o governo (pelo menos, até 2018). O tribunal que os julgaram culpados são formados por juízes, em sua maioria, indicados pelo próprio partido. Antes disso, porém, o Brasil vive ou não vive uma democracia? 
Agora que foram julgados, finalmente, pode o cidadão de bem dizer que Zé Dirceu e Zé Genoíno são corruptos? 
Meia dúzia de manifestantes, com bandeiras do PT, para quem os condenados levantavam os punhos, acha que foi feita injustiça. O mensalão não houve, sendo inocentes Zé Dirceu, Zé Genoíno e toda a cambada (inclusive o ex-diretor do Banco do Brasil, que se encontra foragido).
Solitariamente, alguém pegou um megafone e gritou que houve justiça. 
Como entender essas contradições?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MERCADO DA ARTE


Ontem foi vendida a obra mais cara da história da pintura: Three Studies of Lucien Freud, do artista britânico Francis Bacon, no valor de 142,4 milhões de dólares. Pintor e amigo de Bacon, Lucien Freud é neto de Sigmund Freud (o criador da Psicanálise). 
O mercado da arte é pura excentricidade, ou como define Vargas Llosa, reflete muito bem a "civilização do espetáculo". 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

NOVA LEITURA


Ontem encerrei a leitura do livro Por que o mundo existe?, de Jim Holt, e hoje já iniciei O Universo numa casca de noz, de Stephen Hawking. O seu Uma Breve História do Tempo transformou-se num best-seller, uma raridade em se tratando de uma publicação científica. Esse livro despertou meu gosto pela Cosmologia no final dos anos oitenta, quando o li pela primeira vez. 
O Capítulo Um de O Universo numa casca de noz é inteiramente dedicado a Albert Einstein e sua descoberta da Relatividade, espaço-tempo curvo etc. Hawking faz pouco caso da "constante cosmológica", equívoco que o próprio Einstein reconheceu ainda em vida. Einstein também não aceitava a Teoria Quântica e o Big Bang. 

domingo, 10 de novembro de 2013

LER OU NÃO LER?


Quais as diferenças entre uma pessoa que lê incansavelmente bons livros e uma pessoa que não lê simplesmente? Há diferença, mesmo considerando-se a qualidade de vida, a felicidade? 
Os exemplos que respondem negativamente (que não há diferença) estão aí, dominando a realidade. 
O conhecimento, algumas vezes, conduz a certezas, por um lado, e a dúvidas, por outro, que nos distanciam da cômoda existência, mais feliz. Em sua maioria, nossos tataravós eram analfabetos, mas eram fortes e felizes (apesar do trabalho mais duro). 
Pois bem, antes da nossa Feira do Livro, fui às escolas para falar sobre a importância da leitura. Por um princípio de honestidade ética, lembrei que a leitura pode atender à nossa necessidade de fruição pura e simples, de prazer. Aliás, o grande volume de leitura tem esse objetivo. Não visa ao conhecimento. 
A principal diferença que expus a quem me dirigi foi de que a leitura habilita seu praticante a tornar-se sujeito da enunciação, transcendendo a passividade do interlocutor anônimo, alienado. Isso explica o sucesso do Facebook. Ali o usuário é sujeito, responde ativamente à própria condição de ser. 
No meu caso, a leitura atende a instintos de conhecimento, à nova paixão a que referia Nietzsche em seu livro Aurora.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

TERMOS OU EXPRESSÕES EM TROVAS DA ESTÂNCIA DO ABANDONO DE ZECA BLAU

ALPISTA: arisco, assustado, ressabiado.
AMILHADO: diz-se do animal tratado com milho.
ANDARIVEL: série de estacas enfileiradas que dividia os trilhos por onde corriam os parelheiros.
ARROCINO: 1ª pessoa do singular do verbo arrocinar, fazer a doma.
ARVEL: corruptela de arvela, caborteiro, ventana.
AVOENGO: relativos aos avós.
BANZEL: barulho, desordem.
BICHARÁS: poncho ou cobertor feito de lã grossa com listas brancas e pretas ao comprido.
BILONTRA: que ou quem age com esperteza, sem honestidade.
BUERANA: cavalo ligeiro.
BULHA: ruído ou gritaria de uma ou mais pessoas.
CADENA: forma de, sem perigo, retirar o laço que segura um animal bravio com o auxílio de outro laço, preso à argola do primeiro.
CÂIMBRAS: peças do freio.
CAMPECHANO: pertencente ou relativo ao campo, campeiro.
CANGUARA: cachaça.
CARCHEIO: roubo.
CHANFALHO: facão.
CHANGUEIRO: parelheiro medíocre.
CHELPA: dinheiro em geral.
COLMILHUDO: cavalo velho (com dentes, colmilhos, grandes).
CONCHO: confiante, despreocupado.
COPLAS: pequeno poema de inspiração popular, quadra, trova.
COSCOJAS: rosete de ferro colocada no bocal do freio para fazer ruído.
CUERA: gaúcho forte, destemido.
DÃO CASSAL: Barros Cassal.
DÃO MONTEIRO: General Goes Monteiro.
D. BRASÍLIA COMARCA: Brasil.
FACÃO DO CADEADO: facão feito em Cadeado, então distrito de Cruz Alta, hoje Boa Vista do Cadeado.
FARRANCHOS: pândega, folia, grande farra.
FIÚZA: confiança, fé.
FOLHEIRAS: airosas, garridas, alegres.
FRAILES: frades.
GEBITO ARENGUEIRO: zebu pequeno, de difícil trato, arisco.
GRONGA: coisa mal feita, embrulhada.
GRULHA: valente, temido por suas façanhas.
GUITA: soldado de polícia.
ILERAS: filas (de botões).
IRAPUAZINHO: fazenda de Borges de Medeiros em Cachoeira do Sul.
JANGUITO: João Neves da Fontoura.
JERIVÁ: do tupi jeri'wa, palmeira comum, coqueiro.
JUVELINO: Getúlio Vargas.
LINDOLFO: Lindolfo Collor.
LUNANCO: diz-se do cavalo que tem um quarto mais baixo do que o outro.
MACIELINHO: Maciel Filho.
MACOTAS: grande, poderoso, influente.
MAROSCAS: manobras ardilosas, trapaças.
MAULA: ruim, mau. 
MAURÍCIO: Maurício Cardoso.
MIXES: do guarani mi'xi, pequeno, pouco.
PAISEIRO: cavalo crioulo.
PATRANHA: mentira.
PEDIRO: corruptela de pediram (3ª pes pl.).
PETRECHOS: utensílios, ferramentas, armas.
POLEANGA: relativo à raça bovina Polled-Angus.
QUERUDO: forte, temido.
QUINCHO: 1ª pessoa do singular do verbo quinchar, cobrir com quinchas (santa-fé ou qualquer outro capim).
RAUL DINHEIRO: Raul Pilla.
RECAU: arcaísmo do espanhol platino recado, arreio.
RETRECHADOR: dissimulado.
ROMEY: raça de ovelha (Romney).
SARILHO: barafunda, confusão, tumulto.
TAFULEIRAS: faceiras, divertidas.
TAITA: indivíduo valentão, destemido, guapo.
TANGURUCHO: confusão, briga.
TEBA: indivíduo graúdo, importante, valente, corajoso. 
TRANCUCHO: um pouco embriagado.
VADICO: Osvaldo Aranha.
VAQUIA: destreza, habilidade.
VELHO ANTÔNIO: Antônio Augusto Borges de Medeiros.
VIVARACHO: indivíduo muito vivo, esperto. 
XUBREGA: diz-se de indivíduo insignificante, animal ordinário, de coisa sem valor.

INTERESSANTE...

Steven Weiberg foi laureado em 1979 com o Prêmio Nobel de Física, em vista de sua contribuição científica na unificação da força eletromagnética e a força "fraca" (responsável pela desintegração radioativa). Nenhum outro estudioso se envolveu mais na elaboração de uma teoria final. Ele é autor de Os três primeiros minutos (que descreve os primeiros instantes após o Big Bang).
Weiberg é antirreligioso, a despeito de residir em Austin, Texas, centro da igreja batista. Jim Holt cita uma frase de Weiberg em seu livro Por que o mundo existe? (o qual estou lendo no momento):
"Com ou sem religião, as pessoas boas fazem bondades e as pessoas más fazem maldades. Porém, para que pessoas boas façam maldades, é preciso uma religião".

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BRENO SERAFINI NO ZH


O santiaguense Breno Serafini autografou seu Millôres dias virão hoje na Feira do Livro de Porto Alegre. 
Ao folhear o Zero Hora desta quarta-feira, foi uma bela surpresa para mim a publicação da matéria acima ilustrada. 
(Para facilitar a leitura, clicar sobre ela.) 

domingo, 3 de novembro de 2013

LIVRO ÓTIMO


A experiência de longos anos de leitura me conduz facilmente aos melhores livros. Nestes dias, leio A civilização do espetáculo, de Mario Vargas Llosa. O grande escritor peruano disserta sobre todos os assuntos pendentes de nossa modernidade (não tão líquida como define Zigmunt Bauman).

sábado, 2 de novembro de 2013

FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE




A 59ª Feira do Livro de Porto Alegre iniciou-se ontem, na Praça da Alfândega. Às 13 horas, as bancas foram abertas e às 19 horas, na Praça dos Autógrafos, ocorreu a solenidade de abertura.
No "palanque", políticos e grandes escritores gaúchos disputavam a atenção. Às minhas costas, no meio dos assistentes, encontro o maior poeta vivo do Rio Grande do Sul (que mora no Rio Grande do Sul): Armindo Trevisan. Depois de ter-lhe falado que era leitor há muitos anos de sua poesia, disse-lhe que, em minha casa, havia dois volumes de seu A Poesia - Uma Iniciação à Leitura Poética. Ele me confessou que levou oito anos para produzi-lo, escrevendo-o à mão. 
Na primeira foto, Luís Augusto Fischer, patrono da 59ª edição da feira, que este ano tem como tema "LER É PODER". (Na 15ª Feira do Livro de Santiago, a leitura era associada ao SABER.) Na última foto, o poeta Armindo Trevisan me autografa Adega Imaginária, seu mais recente livro de poesia.