segunda-feira, 8 de julho de 2013

RIO GRANDE À FRENTE


Um estudo sobre eventos literários no Brasil, apresentado na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano, o Rio Grande do Sul aparece em primeiríssimo lugar. Anualmente, o nosso Estado realiza em torno de 130 eventos, muito acima de São Paulo (27), Rio de Janeiro (24), Minas Gerais (14) e Santa Catarina (10). Essa superioridade demonstra duas coisas, causa e consequência uma da outra: 1) as feiras de livro e festivais de literatura propiciam maior volume de leitura aos gaúchos; e 2) o maior volume de leitura dos gaúchos exerce uma pressão para a realização de eventos culturais na área das letras. A Feira do Livro de Porto Alegre é a mais antiga do país; a Jornada Nacional de Literatura deu a Passo Fundo, sua cidade sede, o título de Capital Nacional de Literatura; Santiago passa a organizar a 15 ª edição de sua Feira do Livro, que vem crescendo em número de visita e na venda de obras impressas. Sobre esse crescimento, penso que o evento é uma excelente oportunidade aos novos leitores santiaguenses, quem sabe já o resultado vivo da própria feira. Os dados em nosso favor, todavia, abastecem fracamente uma luzinha no fim do túnel (ou da caverna platônica). Em média, lê-se muito pouco (visando erradicar a falta de instrução, de conhecimento, que sabemos ser uma carência de âmbito social). O cidadão leitor compreende mais facilmente o porquê de suas crenças, de suas opiniões, de seus valores etc. Sem o domínio cognitivo, não há transformação efetiva da realidade. 
A nossa feira do livro é um evento significativo para a cultura da Cidade Educadora e Terra dos Poetas.

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