domingo, 27 de janeiro de 2013

TRÁGICO NOS DOIS SENTIDOS

Ante a morte, podemos dizer que o homem é um ser inexoravelmente trágico. Não o é tanto como nos momentos em que, frágil e arrogante, ele a desafia de uma forma perigosa. 
Entre os elementos naturais, o fogo ainda mantém certa dubiedade em relação ao domínio humano. Há quase meio milhão de anos, esse elemento passou a ser responsável pela sobrevivência hominídea. Principal energia na confecção de alimentos, no combate ao frio, na forja de metais, no cultivo da roça... 
Essas práticas, todavia, quando não controladas cem por cento, resultaram em incêndios devastadores, em grandes sinistros. Às vezes, sem a intervenção de seu manipulador, o fogo teve origens naturais, inevitáveis.
As mortes causadas pelo fogo/ fumaça, quais as ocorridas na boate de Santa Maria, apontam para o descuido do homem, para suas irresponsabilidades. Antes dessa tragédia, ninguém pensou que a porta de entrada era estreita, que deveria haver outra opção de saída (em caso de emergência). Ninguém pensou na recarga dos extintores. Na ventilação interna. Na impossibilidade de acender um sinalizador na hora do evento.
Mais necessário que pensar é a ação que se efetiva em seguida.  
Certo está o Corpo de Bombeiros em exigir mais e mais segurança para os prédios em que habitamos, trabalhamos e nos divertimos.
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Entre os jovens que morreram tragicamente na boate Kiss, encontrava-se um primo de minhas sobrinhas Andrieli e Cristina. 

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