sábado, 12 de janeiro de 2013

CARLOS ALEXANDRE NETTO

O nome acima identifica o reitor da UFRGS, que tem um artigo de opinião publicado no Zero Hora deste sábado. 
Referindo-se ao concurso vestibular que se realizará amanhã, domingo, o reitor discursa um mundo de mil maravilhas na educação superior do país.
Por aí começa minha discordância, minha atitude responsiva negativa. 
Em seguida, atribui à Lei das Cotas o momento sublime de "grande transformação" na educação superior. Esclarece que a medida é constitucional, que o critério de mérito é mantido e que o sistema não privilegia os menos capazes.
Para justificar a a manutenção do mérito, escreve que "todos os candidatos devem atingir os pontos de corte para serem classificados". Isso passa como verdadeiro antes de juntar-se ao terceiro fundamento: o sistema não privilegia os menos capazes.
Como "não privilegia"?  (Se não privilegia, por que instituir o sistema de cotas?)
O reitor afirma que não privilegia, "mas oferece oportunidade competitiva de acesso ao Ensino Superior público e qualificado". Falta coerência entre "não privilegia os menos capazes" e "oferece oportunidade competitiva...". Esse fundamento não passa de um sofisma.
O articulista encerra com outra premissa falsa "todos ganham com as cotas". Ganham os cotistas (é óbvio!), ganha a universidade ao diminuir as desigualdade sociais (como?) e ganham os estudantes do acesso universal (é óbvio que não!). 
Como os estudante do "acesso universal" são beneficiados, se ficam de fora com nota superior aos beneficiados pelo sistema de cotas.     

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