sábado, 6 de outubro de 2012

PRELÚDIO DE OUTUBRO

Amanhã todo cidadão irá exercer um de seus direitos mais importantes: a escolha de quem o representará no governo municipal. (É preferível direito a dever.) 
Como a ágora* utilizada pelos gregos ficou pequena para a prática da democracia, foi necessário descentralizá-la para vários pontos do município, denominados de seção. O antigo sistema político de Atenas evoluiu pari passu com a civilização ocidental, hoje sendo a condição essencial para a liberdade (valor indispensável para a felicidade humana). 
Na democracia indireta, o amplo direito da escolha tem seu contraponto nas alternativas reduzidíssimas de candidatos, os quais são indicados pelos partidos. No âmago dessas organizações, a democracia funciona diretamente. 
Em Santiago, três candidatos foram eleitos previamente para o grande escrutínio que ocorrerá depois de amanhã. Felizmente, nada deprecia os três prefeituráveis, pessoas de caráter ilibado, fichas limpíssimas. 
Para legislar, o número de candidatos é de setenta e cinco, oriundos de todos os setores da sociedade santiaguense. 
O processo democrático não se encerra com a eleição e posse de prefeito e vereadores, continua exigindo a participação dos cidadãos, como clientes e como fiscais ao mesmo tempo. Essa fiscalização precisa ser mais efetiva, até para preservar o respeito e a superestimação que os políticos ainda fazem por merecer. Pelo menos em Santiago.
* Ágora. [Do gr. agorá.] S. f. Praça das antigas cidades gregas, na qual se fazia o mercado e onde se reuniam, muitas vezes, as assembleias do povo.
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Desejo aos meus concidadãos um pleito tranqüilo, sem os excessos provocados pelo sucesso ou insucesso de suas escolhas. 

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