domingo, 1 de julho de 2012

HOMO FICTUS

Muito interessante o texto de Luís Augusto Fischer, publicado nesse sábado, no caderno Cultura do ZH. Ao estilo de Italo Calvino (Seis propostas para o próximo milênio), Fischer defende a literatura com seis argumentos insofismáveis: profundidade, agilidade, variedade, concentração, imaginação e liberdade. 
Em Profundidade, o grande escritor gaúcho disserta:
"A literatura faz parte da nossa vida de modo essencial. Gottschall fala da narrativa, termo que engloba romance, conto, teatro, memória etc., mais creio que podemos incluir o território da poesia, que não tem compromisso necessário com o relato de histórias. 
"Poesia tem outra têmpera essencial: o poeta (no poema mesmo, ou em qualquer texto em que possa expressar-se a índole poética) não passa correndo sobre a linguagem-ponte de modo a alcançar logo a outra margem, mas pelo contrário, fica pisando e repisando sobre a linguagem-ponte, fazendo-a balançar".
Achei extraordinário isso! Resolvi compartilhá-lo com os leitores deste blog. 
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Para Italo Calvino, a literatura tem seis qualidades imanentes: leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade e consistência.

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