sábado, 14 de abril de 2012

IATE CHINÊS


O iate Adastra foi lançado na China esta semana (depois de cinco anos para ser planejado, desenhado e construído). Avaliado em 15 milhões de dólares, tem 42,5 metros de comprimento, pesa 52 toneladas, e comporta até nove passageiros, além de seis tripulantes. Pode ser controlado por meio de um iPad, a até 50 metros de distância. Puro luxo!
Ao ver as imagens acima (publicadas num site noticioso), lembrei-me de de um grande salto tecnológico responsável pela expansão dos austronésios (oriundos do sul da China) em direção à Nova Guiné há 3.500 anos. Esse salto foi propiciado pela invenção de canoas com flutuadores laterais, sem os quais os grandes colonizadores não teriam chegado a Bornéu, Célebes, Timor, Halmahera, Java, Sumatra, Arquipélago Bismarck, Ilhas Salomão etc. Naquela região do planeta, as canoas eram monóxilas, isto é, feitas de um único tronco de árvore escavado por um enxó. Com esse tipo de embarcação simples era difícil de manter o equilíbrio mesmo sobre as ondas pequenas. A solução foi fixar dois troncos menores nos flancos da canoa (flutuadores), distantes alguns centímetros, um de cada lado. O problema do equilíbrio assim foi resolvido. Obviamente, esse salto não ocorreu de um dia para outro. 
Penso que o iate Adastra nada tenha do princípio da canoa com flutuadores, pode ser uma mera semelhança.  Interessante é o paralelo da expansão entre o chinês quase pré-histórico e o chinês moderno.

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