sexta-feira, 16 de março de 2012

CONHECIMENTO VERSUS FÉ

Na minha pré-história (que compreende parte da infância), penso que tive um pouco de fé cristã. A primeira vez que me condicionaram a confessar um pecado ao padre, por ocasião da Primeira Comunhão, tinha apenas sete anos de idade. Minha razão demoraria a evoluir, a ponto de perguntar que pecado comete um inocente de sete anos. Mais tarde, aprendendo a escrita e a leitura, entrei na história, tomei conhecimento da filosofia grega, dos empiristas, dos iluministas, de Feuerbach, dos evolucionistas, de Nietzsche, de Freud... Nunca abandonei a leitura da Bíblia, todavia. Claro, sem a crença na palavra revelada. Uma das tantas conclusões a que cheguei, lendo o Novo Testamento, foi de que Paulo de Tarso foi o grande idealizador do cristianismo. Michel Onfray radicaliza: o tarsiota deu consistência a Jesus Cristo (que não passaria de um personagem conceitual, segundo o filósofo). Depois de Paulo, veio a Igreja Católica, com o apoio de Constantino (autoproclamado o "décimo terceiro apóstolo") e, por último, todos os pastores que falam por Jesus, repetindo a fórmula "Jesus disse...". Todos eles idealizadores.  

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