quinta-feira, 21 de julho de 2011

TEMPO DE CONTRASTES

Alagamento no Brasil, nevasca no Chile, onda de calor nos Estados Unidos... Tudo isso num único continente, longo e latitudinal como só o é a América. 
Não cito esse contraste para justificar o evidente desequilíbrio climático, com suas consequências nada agradáveis para o homem (cada vez mais hedonista). Estou farto de escrever sobre assuntos sérios, sempre me expondo a possíveis interpretações equivocadas. Alguns comentaristas anônimos, engraçadinhos, já confundiram minha seriedade com pernosticismo.
Também sei brincar, tergiversar, discutir o sexo dos anjos, coisa e tal.
Nesta postagem, volto a uma questão muito discutida em nossa blogosfera: frio versus calor. 
Os Estados Unidos são mais ricos que o Chile, apesar de não faltar análises contrárias (ávidas que isso venha a se tornar realidade). Pois bem, não há notícia de que alguém morreu de frio no Chile. Em contrapartida, morreram 20 pessoas de calor no país ainda mais rico do planeta. 
Por dois anos, vivi num dos lugares mais quentes do Brasil: Forte Coimbra, no Pantanal Sul-Mato-Grossense. A temperatura oscilava pouco durante o dia, acima dos 40º C. Não se permitia ar-condicionado, uma vez que a energia era produzida na própria vila por geradores alimentados a óleo diesel. Uma das minhas atribuições era chefiar a equipe da Usina. 
O calor em Forte Coimbra era implacável. (Depois que saí, em 1996, a rede de energia elétrica chegou lá.)
Independentemente dessa experiência, prefiro o frio. Defendo essa preferência em pleno inverno, quando a maioria vive a reclamar do frio. No forte do verão, reclamam do calor. E não são os pobres que o fazem, aqueles que sofrem com o frio e o calor intensos.

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