sábado, 28 de maio de 2011

MAIS UMA PALAVRA

Num depoimento de Cláudio Moreno sobre o gramático, linguista e professor Celso Pedro Luft, publicado hoje no caderno Cultura do Zero Hora, lê-se o seguinte: 
"Sua posição foi sempre a mesma ao longo de toda a vida: a escola é o lugar em que os alunos vão aprender o que ele (Luft) denomina de língua culta padrão, e o professor deverá fazer todo o possível para desfazer a diferença entre a língua que eles trouxeram de casa e a língua que a escola deve ensinar. Para isso, julga fundamental a contribuição da Linguística: um professor não vai entender a estrutura e o funcionamento do idioma que ele vai explicar se não tiver consciência de que existem diferentes variedades e registros, de que a língua está em constante evolução, de que uma motivação para os 'erros', e assim por diante. No caso da discutida publicação do MEC, acho que simplesmente repetiria a advertência que faz de forma expressa no seu livro Língua e Liberdade: 'O lugar da Linguística, antes de mais nada, é nos cursos de graduação e pós-graduação, onde é ministrada a futuros técnicos, pesquisadores, professores, autores de livros didáticos. Ensinar Linguística no I e II Grau é uma insensatez".

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