terça-feira, 12 de abril de 2011

(DES)ARMAMENTO

Interessante a discussão sobre o desarmamento, que se retoma a partir do crime cometido por Wellington Menezes de Oliveira, o assassino de doze alunos numa escola de Realengo (bairro carioca).
A propósito, o assassino tinha uma bomba que não foi acionada. Esse artifício é o preferido dos terroristas que intentam causar maior destruição possível (com o mínimo de esforço). Sem os revólveres, ele a detonaria dentro da sala de aula? Menos crianças seriam mortas?
Caso o sargento da Polícia Militar não alvejasse o assassino, com um tiro de revólver, quantas crianças a mais seriam feridas ou mortas?
Quem condena a ação do policial (por usar uma arma de fogo)?
Os revólveres empregados por Wellington eram raspados, clandestinos, isto é, fora do controle legal. Essas armas estariam disponíveis no mercado negro, independentemente da lei proibitória? 

Um comentário:

Weimar Donini disse...

Caro Froilan.

Permita-me discordar mais uma vez. Não pretendo mudar seu entendimento, respeito-o. Têm suas razões, certamente. No entanto entendo que o controle das armas (que também engloba o controle das bombas, da pólvora, da tnt, das balas etc)é a única alternativa. Copiemos o exemplo de países onde isto foi drasticamente reduzido. Controle na venda e aumento considerável das penas foi a solução. Claro que com nossa histórica belicidade será difícil sua aprovação plebicitária. Até alguns integrantes da justiça são defensores da lei de talião e da autodefesa. Sinceramente, não os entendo. Diariamente assistimos à mortes por tentativa de reação. Somos alvos fáceis. Fraquejamos ao reagir. Os bandidos não. Fazem-no até com certo prazer. Já o policial armado é diferente. Ele tem treinamento intensivo e suas armas raramente vão alimentar o comércio clandestino da bandidagem.
Enfim, a discussão está posta.
Uma coisa é certa. De alguma maneira nosso modelo social tem de mudar.