segunda-feira, 21 de março de 2011

O ARGUMENTO

Meu argumento é mais amplo. Ele inclui todos os deuses criados até hoje. Sem "viajar" com a imaginação (apenas com conhecimento de História), pergunto aos visitantes quem era Tupã para os povos que viviam nestas terras antes da chegada dos portugueses. Um deus verdadeiro. Quem era Odin para os povos nórdicos? Para não ficar no passado, pergunto quem é Brahma para os hinduístas. O que os cristãos pensam de Brahma? Não aceito a resposta de que são diferente representações para o mesmo deus. Todos sabemos que a Bíblia é exclusivista: o único deus verdadeiro é Jeová, (simplesmente) Deus. Por que a nossa civilização estaria certa, ao contrário das demais? Isso é etnocentrismo absoluto, noutras palavras, preconceito, soberba. Por incapacidade de distanciamento, de superação do que Francis Bacon chamou de ídolos, cremos que o nosso deus é verdadeiro, e o deus dos outros (povos, civilizações que desapareceram) não o eram. Tupã, Odin, Zeus, Amon-Ra, entre tantos, não passavam de mitos, embora por milênios e milênios esses deuses figurassem como verdadeiros para aqueles que acreditavam neles.   

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