segunda-feira, 18 de outubro de 2010

RIMAS RICAS, RARAS E PRECIOSAS

Todo iniciante na poesia generaliza como sendo a rima o que há de mais importante na arte da palavra. Para não contrariá-lo (o que pode ser considerado bullying literário), vamos dar uma analisada nessa que se constitui numa microestrutura rítmica. Entre as várias classificações em que se enquadra a rima, destaca-se a qualidade dos vocábulos. Nesse aspecto, a rima pode ser: pobre, rica, rara ou preciosa. Também aqui os iniciantes são facilmente identificados: seus poemas são rimados pauperrimamente. 
Rima pobre: feita com palavras da mesma classe gramatical (principalmente verbo com verbo, no infinitivo, no gerúndio ou no particípio);
Rima rica: feita com palavras de classes diferentes;
Rima rara: obtidas com palavras para as quais haja poucas rimas possíveis (edifício - orifício, cisne - tisne, profícuo - conspícuo...); 
Rima preciosa: feita com palavras combinadas: múmias - resume-as, vence-a  - sonolência, vê-las - estrelas...). 
No livro Poesias novíssimas & antycqüas, do Oracy Dornelles, há muitos exemplos brilhantes de rimas ricas, raras e preciosas. Outro poeta que trabalha com rimas preciosas é Gilberto Mendonça Telles.

4 comentários:

Anônimo disse...

muito boa explicação... sucinta e objetiva :) obrigada

UNI VERSOS ESMERALDINUS: VIDA E POESIA disse...

Excelente, Senhor!
Muito bom compartilhar.

UNI VERSOS ESMERALDINUS: VIDA E POESIA disse...

Excelente, Senhor!
Muito bom compartilhar.

Gabi disse...

Boas classificações mas, para leigos, fica impossível de "visualizar". Se você acrescentasse exemplos, ficaria mais esclarecedor. Quando citas os autores e os poemas, poderia selecionar partes em que são explicitadas essas rimas. Abraço, Gabriela Pozza