quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PARADOXOS

Na educação – A educação ambiental é um tema muito debatido nestes dias. Diz-se que a escola necessita evoluir, da simples abordagem de conceitos a práticas que despertem a consciência ecológica. Como chegar a isso sem interferir no paradigma que continua a mover a sociedade materialista, que torna equivalentes o maior consumo e a melhor qualidade de vida?
Na política – É discurso corrente que o brasileiro não sabe votar. Tão valorizado antes de uma eleição, o cidadão acaba sendo responsabilizado por tudo o que ocorre amiúde em todos os âmbitos da administração pública, cujos cargos e/ou funções são preenchidos eletivamente. Já virou jargão a frase que diz ter o povo o (des)governo que merece. Como aprender a votar se as opções são, em muitos casos, limitadas a dois ou três nomes, entre os quais não há um que assegure o êxito da escolha?
Na ciência – Em 1929, Edwin Hubble descobriu o afastamento entre as galáxias, comprovando-se a expansibilidade do Universo. Tal descoberta contribuiu enormemente para a teoria do Big Bang, uma vez que o movimento observado infere uma origem comum. Como explicar a exceção representada pela Via Láctea (a galáxia em que habitamos) e Andrômeda, em rota de colisão?
Na religião – Em várias passagens dos evangelhos, fica claro que Jesus Cristo pregava um modus vivendi despojado dos bens materiais, Obviamente, uma pobreza voluntária fiel aos preceitos cristãos. Em Mateus, por exemplo, lê-se em 6, 24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro...”. Referindo-se a Deus e à riqueza. Em 19, 21: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu”. Como explicar o surgimento de uma igreja evangélica (neopentecostal) no Brasil, cuja doutrina mais atraente é a da prosperidade terrena?

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