quarta-feira, 3 de março de 2010

AUTORRETRATO

Entre meus poemas quase perdidos, encontrei este que necessita ser reescrito, principalmente seus três últimos versos:
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No retrato que me faço
- em branco e preto -
às vezes me traço certo
às vezes me traço torto.
.
às vezes me esboço velho
com muitas rugas no rosto
às vezes me arrisco jovem
com um sorriso maroto.
.
E nesses traços procuro
- em preto e branco -
o que sou continuamente.
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No papel, que ficará?
Um fantasma desenhado
por um artista demente.

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