sábado, 26 de dezembro de 2009

NOVO ANO, OUTRA VEZ

A ordem para inovar vinha ligada foneticamente na leitura do ano velho: “2000 inove”. Quem inovou, inovou; quem não inovou, seguramente buscará inovar em 2010. O novo ano se abre qual um leque de perspectivas, inclusive a de repetir as fórmulas que deram certo – apesar de cada momento ter uma singularidade especial. Encontros que propiciaram alegria, gestos e atitudes que agradaram aos outros (e a si mesmo), tudo o que fez bom 2009 poderá ser feito outra vez. A experiência do ontem vivido serve para orientar o fluxo contínuo da vida presente. Orientar, não determinar. O primeiro processo leva em conta o pequeno caos que há sob a lisa superfície do cotidiano. O segundo, diante do qual tudo já está mais ou menos ordenado, acaba fracassando cedo ou tarde, sempre antes de uma significativa inovação. Pelo viés determinístico, o próximo ciclo mais ou menos definido de janeiro a dezembro seria em muito parecido com o ciclo que ora se encerra. Não obstante a apreciação positiva que se faça do ano ido, ninguém há de querer que se repita o mesmo no ano vindo. O sucesso casual é raro. Os demais, via de regra, exigem muito esforço. Para que ocorram, também é inevitável uma soma de protoinsucessos. Um dos aspectos mais interessantes da vida é justamente o que escapa a qualquer premeditação, sem dispêndio de energia e risco de fracasso: o inesperado. No plano material, por exemplo, ganhar na Mega. No plano pessoal, por exemplo, conhecer um grande amor, uma grande amizade. Se isso não aconteceu em 2009, há uma probabilidade de acontecer em 2010 (merecedor de todos os votos de boas-vindas).

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