terça-feira, 4 de agosto de 2009

MÊS DE AGOSTO


Por que agosto tem esse nome? Por que 31 dias, quebrando a alternância ocorrida com os meses antecedentes? Essas perguntas nos levam ao conhecimento da grande lambança que os romanos fizeram com o calendário que bilhões de indivíduos cultuam religiosa, astrológica ou narcisisticamente. Júlio César foi o maior político (e militar) romano, digno da homenagem que os senadores lhe prestaram: seu nome, Julius, passou a designar um mês do ano. Meio século mais tarde, o então imperador César Augusto exigiu a mesma distinção, ou seja, um mês com o seu nome, Augustus, junto ao de Julius, com os mesmos 31 dias. Fevereiro cedeu esse dia extra. Novas mudanças foram necessárias. A reforma de 1582, instituída pelo papa Gregório XIII, não alterou os nomes desses dois meses, cada um com 31 dias. Isso equivale a dizer que até César Augusto não existia 31 de agosto, então o primeiro dia do mês seguinte. Esse dia entrou no calendário por um capricho ególatra de um imperador, portanto, destituído de qualquer significação mística que queiram lhe atribuir os astrólogos, os numerólogos, todos os que não merecem ser designados pelo elemento pospositivo “logo”. A propósito, nenhum dia possui qualquer significação mística, uma vez que o calendário não passa de mera convenção, produto da cultura. O 1º do ano, por exemplo, por muito tempo, foi o 1º de março (por isso os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, por seus radicais, representam os números 7, 8, 9 e 10). O conhecimento é maravilhoso, porque desmistifica. Outras perguntas são necessárias para eliminar de vez crendices e superstições relacionadas a agosto, mês agourento para o senso comum.
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Os reformadores do Calendário Juliano e Gregoriano mantiveram os nomes setembro, outubro, novembro e dezembro, mesmo não se tratando dos meses 7, 8, 9 e 10. O radical está presente em quase todas as línguas europeias (italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, eslovaco, romeno, norueguês...). Um equívoco de natureza linguística.

2 comentários:

Ivan Zolin disse...

Froilam!

Sobre esse assunto tem um documentário no "youtube" que é muito interessante.
Basicamente defende a tese do cristianismo como um mito solar. (Cristo como sol, João como vênus, os doze apóstolos como os signos, planetas etc...)

http://video.google.com/videoplay?docid=-2282183016528882906


Zolin

p.s.:
Continuo pensando que esse nome "Contra" não cabe.
Você está muito conservador, para quem deseja fazer contraponto.
Tenho acompanhado algumas colunas que escreveu, aquela sobre Honduras, é sofrível...
É possível que tenha sofrido influência de alguns jornalistas do “estilo neocon"...
Esses por muito tempo, antes dos blogs, formavam opiniões, porém hoje a internet está desmascarando muita gente.
Leia outras visões de mundo não fique com as opiniões dos "grandes jornalões".
Todos têm uma ideologia, ou você acredita em neutralidade, a diferença é que o pessoal conservador (os chamados de direita) pensa que não defendem nenhum modelo de sociedade.
Para quem tem objetivo de conservar o que ai está, fica fácil, a posição é cômoda, sem dizer nada reproduz sua ideologia e ainda passa a idéia de neutralidade, bem aceita no modelo científico positivista que vivemos.
Os outros, os chamados de esquerda, os que defendem um novo modelo de sociedade, buscam uma mudança na ideologia vigente, têm muito mais dificuldades, pois está exposta ao contraditório, a sociedade que querem, não existe, não está pronta há que fazê-la e ai está a maior dificuldade: como, quando, por quê, onde, para quem...
Porém resta uma coisa: Viver são movimento e ação, portanto, a contradição é fundamental, a mudança a única certeza...
Leia as colunas:
http://oavesso.com.br/paginasperdidas/2009/02/
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/04/26/o-ocaso-do-pensamento-neocon/
http://obicho.wordpress.com/2008/11/12/ensaio-sobre-a-rasteira-lee-atwater-carlos-lacerda-e-o-%E2%80%9Cestilo-neocon%E2%80%9D/
http://luis.nassif.googlepages.com/
http://www.andrekenji.com.br/weblog/?cat=18

Rúbida Rosa disse...

A Bíblia bem dizia "conhece a verdade e ela te libertará"...
Sábias palavras, aplicáveis, inclusive, ao conteúdo bíblico,