domingo, 25 de janeiro de 2009

FARÓIS PARA TRÁS


Não sei quem disse ser a experiência comparável a faróis voltados para trás, mas o que disse vem de encontro ao que tenho pensado em torno dos meus cinquenta anos. Isto mesmo: de encontro (e não ao encontro). O dito está claro: a experiência chega tarde, para que traga grandes vantagens ao indivíduo que a adquire. Não foi a apreciação que fiz por ocasião do meu quinquagésimo aniversário. Se é verdadeiro que haja essa luz voltada para trás, que bom. Pelo menos há uma luz. A luz que tanto imaginei um dia poder emanar, não em proveito próprio, uma vez que a experiência me possibilita caminhar no escuro, mas em benefício daqueles que vêm atrás. Não há experiência sem a transcendência do egocentrismo. Não há luz (para frente ou para trás), independentemente da idade mais avançada. Ao escrever isso, por exemplo, penso que já ilumino. Meu grande interesse é de orientar com a claridade que emana do ser em contínuo processo de evolução.

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