terça-feira, 18 de novembro de 2008

FRUTO AGRIDOCE

A partir das 15 horas, a expectativa agitava a estação. Os olhares, alegres uns, tristes outros, dirigiam-se para onde surgiria o trem, vindo de São Borja. Para quem deixava a terra-mãe, como este blogueiro, a viagem começava com um nó na garganta. Depois de vinte e muitos anos, penso que a poesia amadureceu em mim, como um fruto agridoce, nessas viagens de trem para Porto Alegre.
oo
Adélia Prado foi fantástica:
oo
Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite,
a madrugada,
o dia,
atravessou minha vida,
virou só sentimento.

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