sábado, 29 de novembro de 2008

ENSINO A DISTÂNCIA

Santiago passa a ser o sítio do sul do país mais disputado pelas universidades a distância. Para os leitores que ainda não sabem, ou para os que não se deram conta, relaciono algumas: UNOPAR, ULBRA, UNINTER, UNISUL, UNIDERP. A última, Universidade para o Desenvolvimento do Estado do Mato Grosso do Sul e da Região do Pantanal, tentou vender seu ensino interativo em 2007, mas não encontrou interessado. Os santiaguenses perderam a oportunidade de fazer, por exemplo, o Curso Superior de Enfermagem via satélite. A UNINTER não tomou conhecimento desse insucesso: chegou ontem, organiza-se hoje e fará vestibular amanhã.
Feita a constatação, descrito o fenômeno (dessa disputa pelo ensino superior a distância em nossa cidade), faz-se necessário saber por quê. Toda filosofia e toda ciência nasceram com uma simples pergunta. A resposta é que complica, dando origem às diversas teorias, aos mais complexos sistemas. Por que Santiago desperta o interesse dessas instituições? Por que não temos campus de universidades públicas (como as circunvizinhas Santa Maria, Alegrete e São Borja)? A URI está ou não está pensando em criar seu EAD? Por que as universidades a distância enfatizam a presencialidade de suas quatro aulas semanais e as universidades presenciais escondem o distanciamento entre professor e aluno, entre aluno e sala de aula? Por que a relevância de cursos na área de gestão (pública, comercial, financeira etc.)? Como diferenciar novidade científica e enrolation? O ensino a distância representa uma evolução na qualidade da educação superior no Brasil, ou constitui um sintoma de declínio?
Em breve, Santiago ganhará um novo epíteto (para concorrer com o de Terra dos Poetas): Centro Meridional de Ensino a Distância.

4 comentários:

Júlio César de Lima Prates disse...

BRILHANTE.

Anônimo disse...

Interessante sua posição, mas Santa Maria que possui diversas universidades com ensino presencial, possui todas essas universidades a distância que temos em Santiago e mais algumas.

Anônimo disse...

ótima análise Froilam...já sei qual o artigo que vai pra revista mês que vem...
bjs e sucesso!
lizi

Ivan Zolin disse...

Froilam!

Sem entrar nas minúcias desse debate, no entanto fico surpreso, como santiaguense, com o baixo interesse de nossas lideranças com ENSINO TÉCNICO E TECNOLÓGIGO PÚBLICO. Não observo manifestações das comunidades nesse sentido. Temos exemplo de outras cidades que lideraram movimentos nesse sentido e hoje estão construindo novas unidades, o momento político é muito favorável.
A expansão do ensino Técnico e Tecnológico é um dos objetivos do Ministério da Educação. A Secretária de Ensino Técnico e Tecnológico, cujo titular e o Professor Elezier Pacheco esta realizando essa tarefa.
A SETEC/MEC está construindo, só no Rio Grande do Sul, dez novas unidade.
Santiago não merece uma dessas unidades?
Por que não há um movimento da comunidade reivindicando?
Tomara que o "novo" Prefeito Julio César Vieiro Ruivo, nosso colega lá no Polivalente, repense a posição dos agentes públicos e lidere a comunidade para conquistar uma ESCOLA TÉCNICA FEDERAL para SANTIAGO.

Zolin