domingo, 30 de novembro de 2008

AUDITÓRIO MULTICULTURAL

Santiago necessita (entre muitas coisas) de um centro gastronômico e de um grande auditório. Iniciativa privada e pública, respectivamente. Lendo a postagem do Márcio Brasil, sobre a idéia de transformar a casa ao lado da Câmara de Vereadores num auditório multicultural, resolvi expressar minha opinião. A localização não poderia ser mais adequada. Não conheço o espaço que estaria disponível, interna e externamente, para estruturar outras dependências, como a própria sede do Departamento de Cultura (ou secretaria, desvinculada da Educação). A priori, a idéia me parece muito boa, que vem ao encontro de uma política do governo municipal, de incentivo à cultura. Se a crise que abala o mercado financeiro chegar (e está chegando), esses projetos ficam relegados ao campo dos sonhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Antes de um centro gastronômico, é preciso, primeiro,que os santiaguenses freqüentem com regularidade os restaurantes que já existem. Estive por aí duas semanas e almocei fora quase todos os dias. Num dos locais que passei, na Júlio de Castilhos, só tinha eu e meu acompanhante. E com exceção de um restaurante ao lado do Clube União, a maioria que freqüentei tinha mais lugares sobrando do que gente.Aliás, no restaurante do Posto do Batista só vi praticamente "estrangeiros" de passagem na cidade ou em direção às vizinhas. Eu já nem o considero parte da cidade, pois tudo ali é diferenciado. O hotel é excelente, o café da manhã super diversificado (tem um bolinho de banana maravilhoso e nem precisa se hospedar lá para experimentar), o restaurante conta com boas opções e, só não parece servir, como dito, ao pessoal do município. Esses mesmos estrangeiros que freqüentam a cidade quase nenhuma marca levam daí, e quando muito costumam mencionar, como lembrança ou dica, em geral, o São João e restaurante anexo, porque o resto da cidade (o que eles conseguem ver) parece não acompanhar essa evolução. Aliás, sabia que o hotel conta com um auditório?
Ah,apenas para registrar não estou fazendo propaganda encomendada, não conheço o tal Batista pessoalmente (se é que o nome realmente é o do dono), faço referência porque acho válido.
Aliás, por que os santiaguenses, que adoram carros e direção, não freqüentam o local?
Segundo, antes - e não menos importante - de criar um centro gastronômico, seria essencial que os cozinheiros que vão atuar também fizessem aulas de gastronomia, porque em geral a comida é muito ruim (dá vontade de comer em casa mesmo, pelo menos não precisa pagar pelo rango ruinzinho), mas aqui também cabe uma exceção: um lugar localizado no centro comercial que gostei muito (e não lembro o nome), especialmente do salmão com batata a preço super acessível (mesmo); não obstante, estava vazio.
E comer massas em Santiago é assustador, normalmente se vê no prato uma coisa grudenta e bem se percebe que os cozinheiros não fazem idéia do que significa a expressão "al dente". No Restaurante da Gaúcha, fora a excelente carne servida, não dá pra chegar perto dos acompanhamentos, é de doer e me espantei da salada já estar temperada no buffet (meia-hora depois de exposta já tá murchinha,murchinha me poupe).
Por tudo isso, antes de um centro gastronômico, Santiago precisa sair da adolescência de "se achar" o melhor lugar do mundo (sem qualquer respaldo que dê suporte a esse pensamento) e querer fazer centro disso ou daquilo sem, antes, educar seus cidadãos, formar as bases necessárias (e não só na gastronomia) para o investimento ter o retorno necessário e não virar uma piada como o "primeiro shopping criado" por aí muitos anos atrás e que quase inexiste hoje e, assim, entrar na maturidade, achar uma nova economia para crescer, modificar-se e melhorar e se tornar conhecida.

De alguém que já morou na cidade, adora o lugar, apesar de tantas pessoas sem visão. Ah, e que fique claro: não é uma crítica a esse escritor, mas a outro grupo esparso e responsável pela tacanhez misturada com megalomania do município.
Me apresentarei em breve,
saudações.