quinta-feira, 5 de junho de 2008

POR QUE LEMOS TÃO POUCO?

(Publicado na revista Nova Escola)
OO
Segundo a Câmara Brasileira o Livro (CBL), cada brasileiro lê pouco mais de dois livros por ano. Na Inglaterra, estima-se que a média seja de 4,9; nos Estados Unidos, é de 5,1. Outro dado preocupante: por aqui, o tempo médio dedicado à leitura não passa de 5,5 horas por semana, enquanto na Índia – um país em desenvolvimento cuja situação econômica é semelhante à do Brasil – a média é quase o dobro, de dez horas semanais...
De acordo com diagnóstico do setor livreiro, divulgado pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) no fim de 2007, o país contava com apenas 2.676 estabelecimentos dedicados à venda de livros. É pouco: uma livraria para cada grupo de aproximadamente 70,5 mil habitantes. Na vizinha Argentina, a relação é de uma para 50 mil pessoas...
Entre as ações capitaneadas pelo poder público, pela iniciativa privada e por entidades do terceiro setor – ONGs, institutos ou associações sem fins lucrativos –, destaca-se o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos implementados pelo governo federal... Também contribuem as badaladas feiras literárias espalhadas pelo Brasil, como a Flip (Feira Literária Internacional de Parati, no Rio de Janeiro), o Literato (Encontro Literário de Tocantins) e a Feira do Livro de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. (Feira ou Jornada?)...
Para Marisa Lajolo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cada uma dessas iniciativas é extremamente importante. Contudo, é fundamental que as políticas de incentivo à leitura se descolem da mera organização de feiras ou da criação de bibliotecas e sala de leitura. O mais urgente, segundo ela, é investir em material humano, com a formação de mediadores de leitura, professores e bibliotecários capazes de semear o prazer da leitura...

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