domingo, 18 de maio de 2008

FATO EXPRESSO

O diretor João Lemes me falou, num dos encontros na sala de redação, que o jornal precisaria provocar o fato se possível. Diante da pasmaceira de dias iguais, a cidade teria que despertar na sexta-feira com o Expresso Ilustrado. O acontecimento midiático, assim pode ser chamado, repetindo-se todas as semanas, faria os assinantes aguardarem com certa ansiedade a chegada do jornal, os leitores eventuais a se tornarem assinantes e os não-leitores a leitores eventuais. Essa corrente, facilmente mensurável pelo número de exemplares entregue e vendido, constitui um referencial para a empresa jornalística (inserida que está num mercado cada vez mais competitivo). À qualidade formal e conteudística do Expresso deve se somar o gerador factual, algo capaz de também gerar notícia. O ideal de João Lemes, que o identifica aos grandes diretores, transforma-se em realidade. A cada edição, o jornal contribui com uma parcela significativa para movimentar a sexta-feira. Tanto isso é verdade que, neste mês, o próprio Expresso é o fato principal. Todos os santiaguenses sabem disso, inclusive os analfabetos e aqueles que, em razão de seu status político, cultural ou econômico, ainda não reconhecem a importância deste semanário. Levando-se em conta apenas o aumento da leitura e da interação comunicativa em nossa cidade, o Expresso se apresenta como um fato sócio-cultural, cujo alcance já se pode vislumbrar do alto de seus quinze anos. Logo após o debut, virá a maioridade, inscrevendo-se para ser o melhor e mais longevo jornal na história de Santiago.
(Coluna do Expresso Ilustrado, edição de 16 de maio de 2008)

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