sexta-feira, 11 de abril de 2008

HORKHEIMER, ADORNO, FROMM...

Os filósofos também são seres que se deixam condicionar pelas circunstâncias, à semelhança daqueles que não têm o intelecto tão desenvolvido. Não era para ser assim. Eles teriam que superar todos os óbices de seu tempo (a ascendência judia, por exemplo), criando uma obra perene, não afetada pelo pessimismo, angústia, derrotismo. A Escola de Frankfurt, cujos principais pensadores são Max Horkheimer, Theodor Adorno, Walter Benjamin, entre outros, traz impregnada em sua filosofia a nefasta influência do nazifascismo e das duas grandes guerras mundiais. Influência negativa, como se depreende da Dialética do esclarecimento (escrito a quatro mãos, por Horkheimer e Adorno). A crítica que fazem à sociedade conduz a um dos piores quadros de todos os tempos: as forças que levam a uma nova barbárie, segundo esses pensadores, derivariam da racionalidade humana. Nietzsche fizera o seguinte diagnóstico: a humanidade não evolui para algo melhor.
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Minha única leitura desses filósofos do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt se resumia a Minima Moralia, de Adorno. Esse livro é perpassado por um conceito que tem origem em Freud: o de pulsão de morte.
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Em contrapartida, li quase toda a produção de Erich Fromm. Ninguém melhor que ele aproximou a Filosofia, a Sociologia e a Psicanálise. Fundador do Instituto Psicanalítico em Frankfurt, na Alemanha (o qual se utilizava do mesmo edifício do Instituto de Pesquisa Social), Fromm é o autor de Psicanálise da Sociedade Contemporânea, O Medo à Liberdade, A Análise do Homem, A Arte de Amar, A Descoberta do Inconsciente Social, A Missão de Freud, A Linguagem Esquecida, A Revolução da Esperança, A Sobrevivência da Humanidade, O Conceito Marxista do Homem, O Coração do Homem, Ter ou Ser?, Da Desobediência e outros Ensaios, O Dogma de Cristo, Meu Encontro com Marx e Freud, O Espírito de Liberdade, entre outros. Psicanálise da Sociedade Contemporânea e O Dogma de Cristo já devo ter relido 3 ou 4 vezes.

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