sexta-feira, 14 de março de 2008

LA FUNCIÓN DEL ARTE

Diego no conocía la mar. El padre, Santiago Kovadloff, lo llevó a descubrirla.
Viajaron al sur.
Ella, la mar, estaba más allá de los altos médanos, esperando.
Cuando el niño y su padre alcanzaron por fin aquellas cumbres de arena, después de mucho caminar, la mar estalló ante sus ojos. Y fue tanta la inmensidad de la mar, y tanto su fulgor, que el niño quedó mudo de hermosura.
Y cuando por fin consiguió hablar, temblando, tartamudeando, pidió a su padre:
—¡Ayúdame a mirar!

OOO
(Tradução)
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovodloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o sul. Ele, o mar, estava do lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai, enfim, alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando, finalmente, conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu a seu pai: Me ajude a olhar.
ooo
O conto acima foi extraído de El libro de los abrazos, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940). Uma de suas obras de maior relevância política e importância é As veias abertas da América Latina, um dos melhores livros que li. Nenhum leitor continua o mesmo depois de sua leitura.

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