segunda-feira, 22 de outubro de 2007

UMA NOÇÃO DO TEMPO

Na sexta-feira que vem, devo falar sobre o conhecimento humano para alguns de meus colegas. Não posso ultrapassar 40 minutos. Estou pensando em riscar uma linha ao longo do quadro, representando um segmento da eternidade entre o Big Bang e o presente. Sobre essa linha, colocaria vários pontos como imagens congeladas do tempo (de acordo com uma idéia de Platão). Depois da grande explosão e da formação do universo perceptível, o primeiro ponto a considerar é a formação do Sistema Solar, há aproximadamente 5 bilhões de anos. Prometo não decepcionar ao descrever o que é nossa estrela por dentro, há quatro anos leio e releio Marcelo Gleiser). Próximo ponto: início da vida na Terra. Era dos dinossauros. Mamíferos. O que aconteceu mais ou menos há sete milhões de anos? Australopitecos. Homo erectus/ homo habilis. Por que se desenvolveu a consciência no homem? A origem da linguagem. Homo sapiens neanderthalensis. Homo sapiens sapiens. A descoberta da agricultura e a domesticação de animais (concomitantes há dez mil anos, o que está representado metaforicamente no Gênesis da Bíblia). A descoberta da escrita e o início da História. Mitologia grega e hebraica. Nascimento da Filosofia e da Ciência. Copérnico. Renascimento. Francis Bacon e o empirismo. Descartes e o racionalismo. Charles Darwin. Sigmund Freud. Abrirei um parêntesis para falar sobre as "três humilhações" passadas pela humanidade. (Vocês querem saber?) Século XX. Certamente, não conseguirei me deslocar ao longo da linha com tamanha desenvoltura e rapidez. Meu objetivo principal é dar uma noção do tempo que nos antecede, diante do qual a existência humana não passa de uma fração diminuta. No entanto, por ignorância ou pela influência da mitologia judaico-cristã, superestimamos o nosso tempo.

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