segunda-feira, 8 de outubro de 2007

FEIRA DO POETA


Curitiba é modelo para todo o Brasil e para o mundo (no caso do transporte urbano). Nessa capital há uma Feira do Poeta, aberta permanentemente. Nos anos oitenta, cheguei a imprimir alguns poemas, depois de montá-los num prelo com tipos de chumbo.Todas as vezes que vou a Curitiba, a Feira do Poeta é roteiro obrigatório. Da última visita, trouxe o seguinte poema de Cláudio Daniel:

OOOOOvírus
oooo
0000
OOOOOOOo
OOOOOOOvírus
OOOOOOOo vivo vírus
OOOOOOOna vulva - pústula -
OOOOOOOlepra acesa, que arde, arde
OOOOOOOno papel;
OOOOOOOpiolhos
OOOOOOOno branco orifício do zero
OOOOOOOassim é o tosco ofício
OOOOOOOdo fácil,
0000000ovírus fútil
00000000que, para alguns
oooooooooé poesia
ooo
ooo
(A foto acima mostra a Casa Romário Martins, onde se localizava a Feira do Poeta nos anos oitenta. Na última vez que fui a Curitiba, a feira havia se mudado para o outro lado da largo.)

Nenhum comentário: