domingo, 23 de setembro de 2007

CHUVA E ENSIMESMAMENTO

Hoje passei o dia no velório de um tio na Cerca de Pedras. A chuva não deu trégua desde manhã, intensificando na hora do sepultamento. Em certo momento, afastado das conversas, contei os presentes na capela. Constatei que, à exceção dos netos(as) do meu tio, todos os demais eram pessoas acima de 40 anos. Mais tarde, sob um enorme guarda-chuva, andei por vários corredores do cemitério, vendo a fotografia de quem ali "descansa" para sempre. Outra constatação: raras crianças e jovens. A maior certeza, a morte, constitui, igualmente a mais angustiada incerteza de nossas vidas. Sabemos quê, mas não sabemos quando. Outras reflexões me fazem ensimesmado ainda, enquanto ouço os pingos de chuva cair lá fora.